Excluo-me e excluam-me

De volta ao tosco, mas não porque passei a ter um tempo considerável disponível para

Se tem uma coisa que eu não gosto é quando começam a me incluir em certas coisas. Eu escrevia assim, generalizando, mas nunca gostei de generalizações. Na verdade, fazia-o na raiva, no impulso, sem perceber que havia generalização nos meus textos. Não aqui no tosco, mas no meu outro blog.

Aí começam com aquela de que todos temos que viver como amigos, como irmãos, pois somos todos filhos de Deus. Concordo com a última parte, mas fingir, ou até forçar, amizade, irmandade, com uma pessoa que não suporto ou não quero proximidade, é falsidade, hipocrisia. Deus quer sinceridade. Pelo menos eu entendo que ele a queira, ao invés da maldita característica dos normais.

Da sociedade, passam a me incluir como juventude. Porque os jovens não são responsáveis, não pensam nas conseqüências, vão pra festas, se acabam enchendo a cara com bebidas alcoólicas, enfim, coisas do tipo. Que saco, se isso é a juventude(a juventude, substantivo que generaliza os jovens, porque se fosse o Juventude, eu ia mandar perguntar para um colorado... cadê o Maurício nessas horas??? - hahahaha), eu me excluo dela. Se todo guri é galinha, eu me incluo fora também. Se todo guri é irresponsável, me incluo fora por me conhecer. Por vezes posso ser egoísta de querer fazer ao meu jeito, ou querer que algo de certo só porque eu fiz, mas sei que sou diferente, até por ser assumidamente um maluco(nota: malucos não são necessariamente irresponsáveis).

Aí começam também com o que a maioria diz. Me excluam dessa maioria. A maioria ama o brasil, eu não. A maioria, ama ruídos(erroneamente chamados de música) para corno e para plaiboi de merda(aquelas poesias sem rima, sem nexo e sem palavras, cantadas). Eu odeio essas merdas de ruídos. A maioria gosta do carnaval. Eu não. A maioria torce pro flamerda. Eu não. A maioria é normal, eu não. Chega de me incluir na maioria. Eu faço comparações, mas entre grupos, não num contexto geral, como outras pessoas(sem usar o maioria ou minoria) fazem.

Outra coisa que me tapa de nojo é quando começam a falar que dinheiro e beleza são importantes. Mas que porcaria. Se eu conheço uma pessoa, vou olhar para a cara dela ou vou conversar com ela. Olhar sem falar não existe. Nada existe sem palavras ou gestos. Enfim, lembrem-se das exceções. Mas me excluam dessa beleza. Sou um guri feio, narigudo, assumidamente. Não tenho medo nem vergonha em falar. Então por favor não me venham falar em beleza. Não é o caso de ser bonito e falar de beleza ou não ser bonito e não falar sobre a mesma. É questão de convicção. Conheço pessoas, consideradas bonitas, que não acham a beleza importante. E isso é bom.

Outra coisa que quero que me excluam é a tal da inteligência. Mas que droga. Não sou inteligente. Se eu fosse, estaria eu aqui escrevendo em um blog? Não, porque os inteligentes escrevem coisas somente quando necessários. O que não é necessário escrever, eles guardam mentalmente. Existe o potencial e a vontade. Os dois aliados formam alguém inteligente. Quem tem só um deles, não é inteligente, mas pode ser. Eu acho que tenho metade de cada um. Mas não consigo chegar ao máximo em um dos dois. E pra concluir esse parágrafo, não tenho a ambição de ser inteligente. Se assim, semi-burro, já querem copiar respostas de mim, imaginem se eu fosse inteligente... Não. Não quero ser inteligente.

Por fim, excluam-me de qualquer forma de normalidade. Não tenho a mínima vocação para ser apenas mais um. Prefiro ser um idiota, mas com acorde próprio, como diria o Bach. Não tento ser com outro alguém. Chega de normalidade. Eu já fui um deles, por isso escrevo sempre sobre essa diferença, que só existe para mim, mas até por isso, me diferencio daqueles que criam uma bolha, que seria o seu mundo, e copiam o papel de parede do vizinho, se é que alguém consegue entender isso.

Chega. Não me incluam em nenhum desses grupos. Ah, no último grupo está embutido e implícito os banalizadores, os falsos, hipócritas, enfim, vários tipos de grupos característicos dos normais.

Até!

2 comentários:

Maurício disse...

é o segundo post que falam mal de colorados
mas que nada, gremista é como barata, tem por tudo
outra
quem é Juventude?
É um time filho da puta, filial do timinho da azenha, e que o Inter despacho pra série B ano passado

GrazieWecker disse...

permita-me, por favor, fazer uma pequena correção...
a juventude da qual falastes é a adolescência. adolescentes são merdas.
jovens são diferentes...
tipo, jovens são pessoas alegres e dispostas, tem velhos que que são jovens.
adolescentes são aqueles que "não sabem o que querem mas não deixam que ninguém os convença a quererem outra coisa".