Mas nada daquilo lhe parecia agradável. Resolveu ter uma conversa normal. Depois de um 'oi' simples, leu o que não esperava ler. "Estou com saudades" disse a pessoa. Guria.
Fazia tempo que não conversavam. Mais tempo ainda que não se encontravam pessoalmente. Ele, várias e várias vezes, mandou emails, mensagens, coisas do tipo e ela respondia com simples "obrigado", sem ao menos responder as perguntas quanto ao seu estado, físico, emocional e psicológico. Ela o ignorava e agora dizia que estava com saudade.
Ridículo.
Ele teria bons argumentos para xingá-la. Jogar tudo na cara. As mensagens não respondidas, ou melhor(não seria pior?), respondidas com indiferença. Como quem diz "tá, e daí?! que você me mandou uma mensagem e importa-se comigo". Mas ele não teve vontade de dizer aquilo. Então foi hipócrita, como tantas vezes foi obrigado, por uma sociedade patética, a ser no seu dia-a-dia.
Disse que estava com saudades também e que não via a hora de reencontrá-la. Tudo mentira. Ela disse o mesmo. A conversa durou mais alguns minutos. Com as mesmas perguntas hipócritas de sempre. Perguntas hipócritas que vem sempre com substantivos ou adjetivos hipócritas. Porque a hipocrisia nunca vem sozinha.
Alguns minutos e mais nada. E nunca mais voltaram a conversar. Ele porque não conseguia esquecer daquele "estou com saudades". Ela, porque não conseguia lembrar quem era ele.
2 comentários:
baseado em fatos reais
aposto que já aconteceu com um monte de neguinho por aí.
isso acontece deeemais :D
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