No computador, com as bergamotas, mesmo tendo que estudar

Eu deixo uma pergunta, antes de qualquer coisa, a quem está lendo:

Quantas vezes tu comestes uma bergamota, que estava na geladeira, às 10 e meia da noite, ouvindo Foo Fighters?

Se alguém responder positivamente, pare de ler, caso contrário, continue. Ou se responder positivamente e quiser continuar a ler, estará convidado, até porque não haverá nada apenas para um dos lados da caixa.

São coisas como essas, que no futuro trazem desfechos nem sempre muito bons(problemas intestinais são frequentes em algumas pessoas, felizmente não sou um desses), mas que no momento nos trazem um sentimento... algo próximo ao êxtase felicitativo. É uma coisa que parece ser inacabável, incontrolável, impagável. Algo tão difícil de descrever o que se sente quando se ganha algo que nunca se imaginava ganhar.

Sentimentos assim, sinceros, expontâneos, só fazem com que as nossas vidas, que por viver nesse mundo acabam se tornando infelizes só pelo fato do contexto ser o que é, ganhem um suspiro a mais, umas moléculas de oxigênio a mais, para que possamos respirar e lutar por algo melhor amanhã, ou daqui a pouco mesmo.

Comer uma bergamota gelada, às 10 e meia da noite, jogar as cascas e as sementes em cima de uma prova antiga(fato não descrito antes) e ainda por cima ouvir Foo Figters, é uma coisa do outro mundo. Não dá para descrever a sensação, que só seria melhor se eu estivesse ouvindo "O Vagabundo", do Maria do Relento, no som máximo que as minhas velhas caixas de som podem agüentar, e cantando, mesmo que com a boca cheia de bergamota.

Talvez amanhã eu faça isso. Talvez não. O que importa é que hoje eu fiz algo diferente, diferente do que eu havia feito ontem.

Originalidade, que não deve ser muito incentivada, porque senão, imagine a baderna que ia se tornar o mundo... não sei se seria bom ou ruim, mas enfim, deixem por enquanto para os malucos fazerem essas coisas, escreverem essas coisas tentando mostrar à alguém, alguma coisa.

I'll never surrender...

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