São passos e nada mais

Os passos já não obedecem à falta de lógica.

Eles não são longos nem curtos. Não são rápidos nem lentos.

O maldito e utópico meio termo foi praticamente encontrado aqui.

E a somar-se a isso, a cabeça só serve naquele momento para guardar imagens já guardadas nas tantas outras vezes que aquela rua, longa e inconstante rua fora atravessada.

Os pássaros não voam. Nem cantam.

As nuvens não são brancas, nem pretas, nem chove, nem faz sol.

Mais uma vez o meio termo.

Os carros que passam por essa rua são raros. Mas não são tão poucos que alguém possa sentar no meio da rua sem medo de ser atropelado.

Merda de meio termo.

Merda de texto.

Eu só queria dizer que, depois de 17 anos sem tentar, consegui aprender a andar como uma pessoa normal. Sem calma nem pressa. Sem vontade e sem com vontade.

Andar por andar.

Assim como é o dizer por dizer.

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