Sem pressa, caramba

Voltando para casa após circular mas nada comprar em uma rede de hipermercados famosa no mundo inteiro, quase sofri um acidente. Ou quase provocaram um acidente em mim. Eu estava certo, sim, eu estava, por isso posso criticar o infeliz que quase me levou para a cama, do hospital ou do caixão.

Falar em homem apressado é injusto. Principalmente quando quer-se citar mulheres também. É injusto para as mulheres, e portanto, para os próprios homens também. Pessoas humanas apressadas, com aquela sede de competição, querendo chegar sempre primeiro, mesmo que não haja concorrente. Corrida de teste, bater recordes ou o carro em busca de seguro. Pessoas apressadas.

Especificando aqui os homens pois foi um desses apressados que dirigia aquele bagulho velho que somente aquele homem deve ousar chamar de carro. É um bagulho, porque chamar de carroça é ofender a classe de veículos feitos basicamente de madeira e sem motor de ferro. O animal, que não passa de um ser humano quase irracional, ultrapassou o sinal vermelho, descendo a rua sem receio de que alguém, no caso eu, pudesse atravessar a rua naquele momento. Ora bolas, já não basta andar no sinal vermelho? Ele tinha de ser tão irracional ao ponto de achar que ninguém atravessaria a rua?

Homens apressados. Gênero especificado. Pessoas assim são apressadas em tudo. Mas nem tudo, ou melhor, todos, são assim. Os que são, coitados, pagam o preço pela sua falta de senso.

Esse é o tipo do homem que, no futebol, em um lance de ataque, mesmo com três companheiros de time melhor posicionados, chuta em cima do único zagueiro no lance. Precipitado, apressado, egoísta e arrogante. Na faculdade, se é que fez, devia ser aquele cara que se matricula primeiro em tudo e nem confere os horários. O cara que chega primeiro na fila do restaurante universitário e queima a boca com a comida recém tirada do fogão. O cara que entra primeiro no ônibus e senta no primeiro lugar, mas acaba indo o caminho inteiro em pé por ter de ceder lugar a um idoso.

É aquele cara que compra uma nova tecnologia no dia do lançamento e no dia seguinte já vê uma empresa concorrente lançar um produto melhor, mais útil e barato. Aquele que chega na festa e bebe o que pode e o que não aguenta logo no começo, ficando sem condições de fazer um 4 com as pernas com menos de uma hora de festa. E, diria David Coimbra, é aquele cara que prepara a janta cedo, com o melhor vinho, o melhor perfume, a melhor roupa e na hora H, ou dorme nas preliminares, ou termina o serviço muito cedo, precocemente.

O pior é que esse tipo de homem, o apressado, tem se tornado cada vez mais comum. Porque cada vez mais vê-se acidentes, causado por bêbados ou apressados sóbrios, mas nem um pouco sábios. Cada vez mais vê-se times de várzea levando contra-ataques iniciados por apressados em finalizar a jogada. Cada vez vê-se...

Depois da parte dos times de várzea, não tenho mais o que dizer. Nada é mais importante do que ganhar um jogo na várzea.

E sem pressa.

3 comentários:

Anônimo disse...

Texto mto longo, como o brasileiro tem preguiça de ler, ninguém vai ler e comentar. Escreva menos.

#fikdik

Róbson disse...

Gostei da crônica. Também acho que o brasileiro é apressado demais, em tudo, para tudo.

E quanto ao comentário do anônimo, deixo uma dica:

Escrevam textos pornográficos ou só aquelas piadinhas bestas.

Garanto que, mesmo que esses contenham duzentas mil letras, eles lerão e comentarão

Pornografia e piada besta, incluindo na primeira coisas relacionadas a big brother.

Essa é a minha dica.

Mas deixo claro que prefiro o blog um pouco melhor do que está atualmente.

Miguel Scapin disse...

Anônimo disse...
Texto mto longo, como o brasileiro tem preguiça de ler, ninguém vai ler e comentar. Escreva menos.

#fikdik

Baita dica mesmo.
Resumindo:
ixcrv axin q basilr n sab le n ixcrv i soh q v buct n net