De volta à raiva, só para relembrar os velhos(mesmo que não tão bons) tempos

Já que o Miguel disse que meu último texto foi literário, agora vou escrever algo que nada terá de literário. Não para provocá-lo, mas sim porque nunca gostei de literatura.

Há muito tempo atrás, quando comecei a escrever(e comecei direto no Blog do Maluco), ocasionalmente, isso é, uma vez por semana, ou menos, eu escrevia um texto raivoso. Irritado. Um desbafo. Eu era alguém muito irritado. Que escondia de todos e descontava no teclado. E o principal alvo da minha raiva, da minha quase raiva mortal, eram as patricinhas.

Grupo de meninas que seguem tendências da modam, gastam o dinheiro dos pais sem escrúpulos, falam gírias em inglês para deixar coitadões(como era eu, eu acho, nesse caso) boiando, falam mal de todos e de todas, ignoram, esnobam, acham-se o centro do mundo. Tá, não preciso mais descrever essas pessoas.

Mas o tempo foi passando e, até por perder o contato com esse grupo de pessoas, parei de escrever textos raivosos contra elas. Parei de xingá-las. E até nem tenho mais raiva delas. Tenho pena. Coitadas são elas.

O caso é que, analisando conceitos básicos da minha cabeça, percebi que, como sou diferente, e por isso sou completamente a favor das diferenças, não posso xingar patricinhas, ou plaiboizinhos, por serem assim. Então? Aí entra a questão e o verdadeiro motivo da raiva. As atitudes.

Começado pela merda do egocentrismo. Imagine se o mundo girasse mesmo em torno de cada patricinha(coloquem a versão masculina e arrumem a frase para não dizer que tenho raiva apenas da versão feminina das pessoas que nem saíram das fraldas e já julgam-se gente). Imagine a quantidade de colisões. O choque entre dois mundos acabaria com o mundo, que no caso seria um só para duas pessoas. Entenderam? Tá. Deixa pra lá.

Agora, além do egocetrismo, a arrogância, prepotência. Julgam-se melhores porque pagam 500 reais por uma bolsa que custa, num exagero máximo, 100 reais. E são melhores, segundo as mesmas. Depois elas não entendem quando são assaltadas, embora ladrões não conheçam porcaria nenhuma de bolsas. Assim como eu.

Atitudes atitudes... esnobar para serem assunto. Para o bem ou para o mal. Elas são superiores, ou seja, críticas não as afetam. Até elas chegarem em casa, trancarem-se no banheiro e limparem o rosto borrado pelos 700 gramos de maquiagem que as lágrimas fizeram sair do lugar. E limparem com água do vaso, se começarem a se desesperar no chão, perto do vaso.

Sendo irônico, ironia. Que merda também viu. Ironia é uma figura de linguagem, muito útil e proveitosa. Mas elas exageram. São irônicas durante a maior parte do tempo, que para elas não vale ouro, mas sim alguma compra no shopping. E por serem quase sempre irônicas, ninguém sabe se é ironia, se é mentira ou se é... bom, elas só falam a verdade quando transcrevem o trecho de algum jornal.

E é isso. Em todo lugar, todo o tempo, com todas as pessoas, principalmente se forem outras patricinhas. Porque elas só são amigas quando se trata de xingar algum texto crítico e sincero. Como esse.

Atitudes de patricinhas. Esqueci alguma? Se sim, volto aqui e escrevo mais um texto. Por ora era só.


*esse texto não é uma indireta como pode parecer(até porque, quem deveria ler, não vai ler), mas conteve muita ironia. Memórias de um passado já distante, misturadas com atitudes vistas no twitter e no orkut instigaram tudo isso. E foi bom relembrar os momentos raivosos contra pessoas que, felizmente, não vejo mais, e posso dizer que, há anos.

2 comentários:

Matheus disse...

Fiquei até com medo... hahah

Letícia disse...

esse texto me inspirou a postar algo no meu blog. farei isso muito em breve.