Daqueles criados em casa, nos cantos escuros e obscuros dos cômodos menos iluminados, limpos e cuidados.
De dia ele se escondia. Sempre atento para qualquer sinal de alguém que pudesse, mesmo que sem querer, destruir sua moradia ou mesmo a sua vida com um simples pisão.
De noite ele saía à caça de alimento, pois os guri dele precisavam de alimento.
Então ele ia até o lixo da cozinha, roía a sacola até conseguir abrir um buraco pelo qual pudesse passar qualquer coisa. Na maioria das vezes ele roía a sacola ao meio, mas algumas vezes um simples buraco era suficiente.
Então um dia a dona da casa, cansada das sacolas destruídas pelo rato, que para ela era maldito, comprou uma lixeira de metal.
E o rato, burro feito rato, tentou roer aquela lixeira de lixo. Não conseguiu. Seus dentes se quebraram.
Mas que burro... digo, rato.
No fim das contas, o rato descobriu que poderia roer as caixas de papel que estavam nas prateleiras. Mas como subir lá?
Ele nunca descobriu como. Então decidiu pegar os guris e levar para uma outra casa, onde a dona não odiasse tanto ratos. Ou pelo menos não comprasse uma lixeira de metal.
Como é difícil essa vida de rato...
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