Um, dois, três...

... quatro, cinco, mil, que alguma coisa vá pra ponte que partiu.



Eu só quero xingar hoje. O cara que achou que eu ia desviar dele na rua mas acabei, só de teimoso, não desviando e conseqüentemente esbarrando nele. Pedi desculpas, mas não queria. Devia tê-lo xingado, como ele fez comigo.

Queria xingar qualquer coisa que não pudesse reclamar de estar sendo xingada. Não por covardia, apenas para não me irritar com respostas, fossem elas justas ou não.

Acho que vou pegar uma almofada. Não, melhor evitar os socos.

Um grito. Um sorriso. Um abraço. Uma chuva. Um aperto no coração,  na mão, na bochecha.

Algo que me faça pensar. Algo que me faça esquecer.

Quero xingar quem acha que o que eu escrevo é bobagem, é besteira, é uma merda. Por mais que seja isso mesmo. Quero xingar porque...

Preciso.

Porque me faria bem.

Assim como uma noite de sono. Que não terei completa. Pois sono que é bom fica em casa. Na minha casa.

Longe de casa, há menos de uma semana. Há mais de um dia.

Quero voltar, mas preciso ficar longe mais algum tempo. Não só pela necessidade. Mas pela vontade de me afastar um pouco do dia. Da noite. Da cadeira. Do sofá e da cama que vejo há anos.

Fui.

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