Chega de o rato roeu a roupa do rei de Roma(até porque Roma não tem rei)

A vida não é bela, mas a banana é amarela e quando falta luz se usa vela(ou não).

Sempre em frente, não importa o quanto está quente, a água alivia a gente.

Duas frases ridículas expõe uma das mais ridículas(e toscas) formas de manifestação da sociedade para com a própria. Do cidadão presente A para o E. Do João para o Manuel da padaria. E no fim, tudo uma grande porcaria(ou não).

Eu não vou dissertar sobre a rima em si, até porque, depois que um idiota criou aquela sacanagem do "um prato com trigo para três tigres tristes"(ou algo semelhante que envolva trigo e tigres), a rima nunca mais foi a mesma.

Alguns, algum dia, se contentaram com combinar sonoridades de palavras como flor, amor, calor, ardor, fedor, bolor, opor, terror e mortor. Eram poesias tão ridículas quanto aquelas frases do começo e aquelas rimas de trava língua. E tão ridículas também quanto os rips e raps cantados e aclamados por pessoas que sequer sabem que os cantores também não sabem o que está sendo cantado.

Dizem que existe beleza na sonoridade das rimas, sejam emparelhadas, pararelas, perpendiculares ou o raio que o parta de forma. Talvez exista mesmo, mas não gosto de poesia. Mas depois de "Vaso chinês" ter sido considerado uma grande coisa, não discuto mais sobre poesia. Não discuto mais sobre a tal beleza poética. Não discuto mais nem que o Flamengo é sempre ajudado no campeonato carioca.

Rimar é distrair o leitor, o ouvinte e o vidente(que vê, não aqueles tarecos que dizem que veem o futuro). E geralmente as coisas para distrair só possuem esse objetivo se o conteúdo é uma porcaria. Porque é muito mais fácil aparentar beleza com rimas do que mostrar mesmo algum tipo de conteúdo. Ou não.

Com as pessoas também é assim, mas rimas são mais importantes que pessoas*.


*nesse texto

7 comentários:

GrazieWecker disse...

é.. se tem uma coisa que me dá agonia, é ler poesias dessas que supervalorizam a métrica.. é um porre!

Julia Wartha disse...

Bom...Nem sempre há rima com o objetivo de distração.. A rima é apenas mais uma das formas que os escritores encontraram para brincar com as palavras, tornar as poesias "enfeitadas".
Claro, tem gente que exagera e esquece completamente do que está escrevendo só pra rimar pudim com capim, e isso já é bagunça...
Enfim, a rima é interessante se não acabar completamente com a poesia.. Já as regras das métricas e afins, me desculpe, mas se a pessoa se preocupar mais com isso do que com a "alma" do que está escrevendo, ela nunca vai escrever porcaria nenhuma, afinal o que importa é o que o poema quer dizer, e não se está seguindo as regrinhas impostas :D

Julia Wartha disse...

Olá!
Estou passando aqui para dizer que indiquei seu blog ao selo "Olha que blog maneiro!". Se você quiser participar, ganha uma caricatura!
Basta visitar meu blog, e ler as regras no post :
http://amaniadeescrever.blogspot.com/2009/01/tan-ta-ra-ran.html

Até mais!

Miguel Scapin disse...

ah, eu gosto de rimas, mas prefiro as obras primas, desde que não sejam as de cima, afinal se a pia tem mania de pingar todo dia, não sendo uma fobia, tudo bem, aprovo as limas, digo, as rimas...

Letícia disse...

depois de me mijar rindo com a indignação da pessoa...
na verdade concordo com a grazie :P
pq é uma coisa muito chata ficar na aula de português ouvindo a Rogéria ler uma poesia sem conteúdo algum...sem pé nem cabeça...que só valoriza a rima e a métrica.
eu gosto de poesia, mas não precisa rimar. poesia serve pra expressar sentimentos. e não existem regras pra sentimentos né?

Anônimo disse...

É verdade.

Nas músicas mais inspiradas agente não costuma perceber rimas nas palavras. Até mesmo a melodia e a harmonia das músicas não fazem muito sentido, se agente pudesse pensar na existência de uma "rima musical".

Mas, toda regra tem uma exceção(ou não). Vixi, até rimou...^^

Ótimo blog,
visitem o meu.
west4up.blogspot.com

Weris disse...

Letícia, vai dizer isso pro Olavo Bilac. hasushausuhasua
Brincadeira...^^)