Como de costume

O que o costume não faz com as pessoas. Agora é o meu pai que fala tareco, baúco e diabo nas taquara, do nada. Não precisa mais motivo. É só para tirar com a cara da minha mãe, na maioria esmagadora das vezes. Incrível como o costume molda o nosso palavrear.

Pros normais que acham que isso é uma batalha vencida, digo que vocês tem que ir chupar sabugo e pararem de pensar besteira. O costume, o adaptar e usar palavras que outros usam é uma coisa aceitável. Seja por achar engraçado, legal ou importante. Não é uma forma de copiar o outro. É meio que instintivo, ou melhor, inconsciente.

Mas não é qualquer um que solta um úuuu tareco com a mesma intenção. Raros falam. Aliás, 6, que eu conheça, incluindo eu. Então, torna isso raro e não uma cópia. E de tanto ouvir, acabamos falando. Isso é inconsciente mesmo.

O costume nos faz chamar uma pedra de fdp, mesmo sabendo que é um ser, não, um objeto, inanimado. O costume. O costume é uma coisa estranha. Do nada fazemos coisas do nada, sem saber, por isso que é do nada. Não é pra entender.

Situações como essas são difíceis de explicar, não há uma teoria que defina o costume de uma maneira aceitável. Quem vive sabe.

Mas não aceitem o costume ruim. E nem preciso explicar isso.

Que droga, a idéia era outra, mas tudo bem.

Ah, normais idiotas, vão chupar caroço de abacate no mundo superficial de vocês.

Não sei o porquê dessa última frase, mas enfim, é o costume...

Um comentário:

Prof. Diogo disse...

opa isso me lembro a época que a galera uava o vocabulo babaca, mas num tom que só nós usava e num significado nem sempre negativo.