Você aproveita ou rebate

Estranho esse medo que as pessoas têm das críticas, do comentário contrário, da opinião divergente, do relato que não vai de encontro com o que foi escrito ou dito. Críticas referidas aqui são aquelas que buscam expor outros pontos de vista sobre o que foi tornado público, não aquelas feitas por sujeitos, anônimos, com palavrões e demonstrações de fanatismo. Seja por despreparo, pela arrogância de pensar que a sua opinião é verdade única ou por qualquer motivo social, é fato que muitos balançam após palavras trazidas pelo vento que atingem seu rosto no sentido oposto onde esse estava indo. A raiva, a decepção e a indignação são fortes o suficiente para encerrar a possibilidade de uma abertura de visão, um entendimento maior de determinada situação, vivência. Dito isso, não faz sentido falar em medo. Errado. É estranho, mas é medo o que as pessoas sentem quando recebem um comentário divergente do que escrevem ou ouvem uma opinião contrária à dita por si. Cada um por uma parte específica, todos por pressuporem perder credibilidade, confiança, respeitabilidade. Todos por pensarem que não poderão mais falar, escrever. Ou por acharem que suas opiniões jamais serão levadas em conta.

As palavras não precisam, obrigatoriamente, fazer sentido para serem levadas em conta. Opiniões são feitas por palavras, demonstram o que a pessoa pensa. Fazendo sentido ou não, nenhum pensamento, de quem quer que seja, deve ser descartado por completo. Então não há razão para o medo, que assim como as bruxas de Che Guevara existe, sim.

Sem humor, sem radicalismo. Apenas uma crítica. A quem quer que seja.

2 comentários:

Arthur Luiz Tavares disse...

Existem 3 modos de debater um assunto:

Nível de pessoas - falando diretamente do alvo;
Nível de ações - falando do que ocorreu;
Nível de idéias - abstraíndo o fato que ocorreu com a pessoa para extrair a melhor moral sobre tudo.

Infelizmente, a esmagadora maioria das pessoas não consegue falar em termos de idéias; logo, não conseguem abstrair ou interpretar o que um texto reflexivo quer dizer.
Assim, tomam qualquer coisa escrita como pessoal e, como única resposta possível de alguém limitado, ataca a pessoa que lançou a idéia.

E se, porventura, o criador da idéia se calar, a ignorância terá vencido mais uma batalha em nossa civilização.

Miguel Freudloco disse...

Beat On The Brat
Ramones
Beat on the brat
Beat on the brat
Beat on the brat with a baseball bat
Oh yeah, oh yeah, uh-oh. 2x
Oh yeah, oh yeah, uh-oh.
What can you do?
What can you do?
With a brat like that always on your back
What can you lose?
What can you...
What can you lose?
Beat on the brat... (2x)
Oh yeah, oh yeah, uh-oh.
What can you...
What can you...
What can you lose?